A Feira Internacional de Arte Contemporânea, ARCO, é sempre uma festa, em Madrid. Mostraram-se obras de arte de muitos países, havendo um convívio próximo entre Público, artistas e colecionadores. O predomínio pertenceu à pintura mas, a escultura esteve bem representada neste Arco 2007. A madeira, material orgânico por excelência, marcou presença.
A figura humana ganha força e assume notável suporte dialéctico.
Júlio Pêgo
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Escultura em pedra-Convento Cristo Tomar
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Sem Título- Escultura em Ferro-70x50x45 (Júlio Pêgo)
A escultura , como expressão de arte, tem sido objecto de culto ao longo da história humana. Desde a representação da fertilidade, através da figura de mulher, até aos nossos dias tem tido um longo caminho, estilizações, metamorfoses, materialização simbólica e abstracções.
O homem, na busca do perpéctuo, tem utilizado os mais diversos materiais: pedra,mármore, ouro,terracota, bronze, madeira, ferro, passando pelos mais recentes materiais de poliesteres. Julio Gonzalez, nos primórdios do sec. XX, deu grande relevo à escultura em ferro.David Smith, nos E.U.A. legou-nos peças monumentais.
As velhas dicotomias de forma e conteúdo, espírito e matéria, estão ultrapassadas pela investigação moderna. A forma, como construção do espaço e matéria, apresenta-se e manifesta-se em equilíbrios das massas, tons, relevos, volumes, espessura, uniões, captação de luz, sombras, movimento, contorno, jogo de vazios, no primado de que tudo é forma. A obra de arte só existe enquanto forma, sendo ela a própria arte. É por isso que a obra fala por si, dispensando títulos. A forma tem um sentido próprio, intrínseco: possui, em si, um conteúdo formal . A vida da forma corporiza-se na matéria ,através do grande instrumento que é a mão, utizando outros mais instrumentos.
A escultura, pela sua natureza tridimensional, tem um volume interno e uma massa exterior. Contudo, a forma nem sempre se superioriza à massa passiva. Esta, pelas suas características, "pode impor à forma a sua própria forma ", segundo Henri Focillon.
Júlio Pêgo
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